O resultado do segundo turno das eleições municipais no último domingo (29), coloca em xeque toda forma atual de fazer, pensar e discutir política a nível local, estadual e nacional baseada em ideologias. Candidaturas, principalmente nas capitais, que contaram com o apoio direto dos grupos políticos ideológicos que polarizaram a eleição presidencial em 2018, foram parar, literalmente, no brejo.
O recado da população que votou e que se absteve, foi mais do que claro, e só não enxergou ou reconheceu ainda, quem não quis: chega dessa ideologia Lulopetista-vitimista falida e desse Bolsonarismo preconceituoso e autodestrutivo! As pessoas estão cansadas, e embora hajam mentes resistentes que tentem justificar alguma vitória desses grupos no processo eleitoral, a verdade é que esses grupos não são mais preferência da nação e nem contam mais com a simpatia da maioria dos brasileiros, e quem não entender isso, melhor se aposentar politicamente.
Outrora frutos de uma polarização nas eleições presidenciais de 2018, tanto os bolsonaristas quanto os lulopetistas, provaram o amargor de uma rejeição visível e inquestionável nas disputas eleirorais de 2020. Vejamos: dos 47 candidatos apoiados abertamente pelo presidente Bolsonaro no segundo turno, apenas 15 obtiveram sucesso (e muitos destes já eram projetados como vitoriosos nas pesquisas, antes mesmo de receberem o apoio tardio do presidente) para os demais, que até tentaram de última hora desvincular sua imagem de Bolsonaro após constatarem alta rejeição; o gestor funcionou mais como uma âncora, arrastando as chances desses candidatos para o fundo do oceano.
No caso dos que apostaram no apoio da ideologia lulopetista, dos 15 candidatos levados ao segundo turno e que contavam com o apoio do Ex-Presidente Lula, apenas 4 obtiveram êxito, e pela primeira vez desde 1996, nenhum desses nomes foram de uma capital. Ressalta-se ainda, que as 603 cidades que eram governadas pelo partido dos trabalhadores em 2003, hoje são apenas 184.
Nesse jogo, ganhou quem apostou na ideologia moderada e nos partidos de centro esquerda e centro direita, que representaram para a população. cautela e moderação, nos discursos e nas propostas, se distanciando de embates polêmicos, da radicalização sem freio e da adoração à popularidade falida é rejeitada do Lulopetismo e do Bolsonarismo.
Embora governos e governantes sejam um misto de avanços e equívocos, nessa balança de Anúbis, quem faz a pesagem dos pecados e das boas ações é a população brasileira. Certamente essas ideologias extremistas, tanto da esquerda convencida, quanto da direita arrogante, esqueceram de dar um upgrade na sua forma de fazer, de pensar, de discutir e de conduzir a política.
Uma sucessão de erros grotescos que vão do acobertamento de atos corruptos, à negacionismos absurdos da realidade, não deixaram outra saída para a a maioria da sociedade brasileira, senão pular fora dessas embarcações furadas.
A maior lição deixada nessas eleições para os que ainda almejam um futuro político, combina muito com uma frase do saudoso Ex-Primeiro britânico, Winston Churchill : “Quem não muda de idéia , nunca muda nada”.
Por: Lucas Berto
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